Em novembro estivemos na segunda edição do Vinho na Vila, um evento com a proposta de não apenas divulgar, mas oferecer a possibilidade para todos experimentarem alguns dos melhores vinhos brasileiros disponíveis, permitindo a interação direta com os produtores.

Como sempre, ter a oportunidade de conversar com os responsáveis pela produção e sentir a paixão com que falam de seus vinhos é uma experiência diferenciada.

Se tudo isso já não bastasse para termos uma tarde deliciosa, houve ainda palestras sobre o tema, apresentações de bandas de jazz, blues e MPB, e comidinhas.

Os vinhos

Falando em vinhos brasileiros, somos entusiastas, buscamos sempre inovar e neste evento pudemos experimentar alguns rótulos diferentes, com alguns destaques.

Maximo Boschi Biografia Cabernet Sauvignon 2007 estava muito bom para sua proposta. Estavam presentes também a Cordilheira de Santana com quatro varietais diferentes: Cabernet Sauvignon 2005, Tannat 2005, Merlot 2008 e Chardonnay. São vinhos maduros, de safras mais antigas, e que proporcionam uma experiência de degustação complexa.

Para quem prefere vinhos mais jovens, a Vinícola Fin levou para o evento exemplares elegantes, como o Malbec e um Cabernet Sauvignon, ambos 2014, além de um Sauvignon Blanc 2015. No estande também estavam presentes as geléias da empresa (a Renatinha adora!). Que tal um queijo brie para acompanhar?

Na Cristofoli encontramos algo diferente: um Sangiovese claro e leve, bom para o calor que estava no momento em que chegamos. Tem surgido muitos novos vinhos brasileiros com castas italianas. Particularmente eu acho excelente explorarmos as possibilidades oferecidas quando saímos do lugar comum.

Mas talvez o encontro mais incomum tenha sido com a Vinhedos Soliman (alguém já ouviu falar?). Começamos por um rosé feito a partir de Cabernet Sauvignon sem rótulo (!!!). Na sequência, um belíssimo Cabernet Sauvignon 2012 com 12 meses de passagem em barricas. Para fechar, o reserva da vinícola. Um corte de Merlot e Cabernet Sauvignon 2012 com 15 meses de passagem por barricas, que tem como característica mais interessante o fato de as uvas Cabernet Sauvignon terem ficado um pouco mais no pé, proporcionando uma sobrematuração. Quem conhece o nosso clima nessa época sabe que isso representa o risco de em determinado ano não haver o vinho por conta das chuvas.

São exemplos como esses, de vinhos feitos com cuidado e que precisam ser garimpados, que nos fazem gostar tanto de vinhos brasileiros. E o Vinho na Vila vem trabalhando nessa divulgação. No próximo ano, eles farão eventos em nove cidades brasileiras. Aguardem!

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