O que mais temos tido saudades nesses tempos de isolamento social é do contato com os produtores de vinhos, as visitas que fazíamos às vinícolas. Por isso, para matar as saudades, vamos relembrar aqui alguns dos passeios que fizemos no ano passado.

Em uma das nossas visitas ao Alentejo, tivemos a oportunidade de conhecer a Altas Quintas. Tínhamos muita curiosidade, pois gostamos muito dos seus vinhos. Meu pai, que esteve aqui em Portugal em duas ocasiões desde que nos mudamos, sempre pede para termos um Altas Quintas Reserva guardado para ele.

O projeto Altas Quintas nasceu da vontade de se poder fazer vinhos alentejanos, mas com características diferentes. O objetivo sempre foi corresponder às expectativas de apreciadores exigentes, com vinhos de qualidade produzidos em condições especiais.

Como alguns de vocês devem saber, os vinhos Altas Quintas eram produzidos na Quinta da Queijeirinha, na zona da serra de São Mamede, em Portalegre, com cerca de 600 metros de altitude.

Sempre foi essa característica da localização e microclima que reuniam as condições perfeitas para sua produção e conferiam aos seus vinhos a grande qualidade a que nos habituamos.

No entanto, a Quinta da Queijeirinha foi comprada pela Symington — no primeiro projeto do grupo fora do Douro. Por conta disso, a família de João Lourenço, proprietário da marca Altas Quintas, sentiu a necessidade de reconstruir seu negócio.

O local escolhido foi a Herdade do Porto do Bouga, também na serra de São Mamede, para preservar ao máximo as características de altitude do terroir original.

Vinha Altas Quintas
Altas Quintas Touriga Nacional e Fernão Pires

Apesar de ainda se encontrarem em uma fase inicial, o projeto tem tudo para arrancar da melhor forma e nós pudemos confirmar isso.

Visitamos a adega e a zona de fermentação, a sala das barricas, a zona de armazenamento e o local onde será a futura sala destinada aos vinhos de talha.

Depois da visita e apresentação feita à adega, não poderíamos deixar de provar os seus vinhos — alguns deles ainda em fase de barrica. Começamos nossa prova degustando um vinho branco muito aromático, 100% Fernão Pires, no qual foi possível identificar sabores muito específicos como hortelã, manjericão e um pouco de maracujá. Seguiu-se um tinto, também monocasta, mas dessa vez de Touriga Nacional.

Mas a prova não ficou por aqui! Esses foram apenas os vinhos que despertaram nosso apetite para o almoço fantástico que tivemos a seguir. Fomos até um restaurante de Portalegre em que o edifício remonta à época medieval, e provamos alguns pratos bem diferentes, sempre harmonizados com os vinhos Altas Quintas.

Marquês de Alegrete Reserva
Viuva Le Cocq Espumante
Altas Quintas Obsessão 2007

Foi uma experiência que deixou saudades, e esperamos retomar muito em breve!

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