Produtora de vinho há 136 anos, a Quinta da Lagoalva – pertença da família Holstein Campilho e cuja propriedade é uma das maiores e mais antigas da região dos Vinhos do Tejo – soube sempre inovar na criação de novas referências, algumas das quais pioneiras na região e até em Portugal, como foi o caso do monocasta de Syrah. Com um portefólio bastante consistente e duas décadas de enologia na Quinta da Lagoalva, Pedro Pinhão – e o enólogo Luís Paulino – aposta agora num espumante Pet Nat, um vinho “fora da caixa” e bastante apetecível para um perfil de consumidores mais jovens e descontraídos.

Pet Nat é a abreviação de Pétillant Naturel, o que se traduz num estilo de vinificação que se enquadra na categoria de espumante, mas em que o vinho é engarrafado antes de terminar a fermentação, havendo “espaço” para a libertação de CO2, o que leva à existência de gás natural (efervescência). A Quinta da Lagoalva fez a sua primeira experimentação deste perfil de vinho na última vindima e tudo indica que correu muito bem, a ver pelo feedback da equipa de enologia, dos críticos e enófilos que já provaram o estreante Lagoalva Espumante Pet Nat branco 2023.

Com certificação DOC do Tejo, o Lagoalva Espumante Pet Nat branco 2023 (€9,90) segue a mesma lógica do espumante Reserva Bruto da Quinta da Lagoalva no que diz respeito à predominância do Arinto no lote (80%). Neste caso, os restantes 20% são da casta rainha da região dos Vinhos do Tejo, a branca Fernão Pires, ambas plantadas em solos de aluvião nas margens do rio Tejo. No que toca à vinificação, após a prensagem das uvas, o mosto clarificado por flotação fermenta em cubas de inox com temperatura controlada a 16.ºC. Quase no final da fermentação (cerca de 1012 de densidade), o vinho, ainda turvo, é engarrafado, terminando a fermentação na garrafa com carica. Após um estágio de 9 meses em garrafa, este Petillant Naturel é lançado no mercado. Um vinho turvo com cor citrina, que no aroma revela notas de limão e toranja. Na boca, é seco, fresco e tem uma acidez vibrante bem marcada, resultado a escolha da casta Arinto. Para ser consumido a 8 a 10.ºC, como aperitivo, a acompanhar saladas e outros pratos leves, mas também alguns queijos e enchidos.

 

Produção limitada a 1300 garrafas, com um PVP de €9,90

 

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