A Quinta da Lagoalva – projeto de vinhos da família Holstein Campilho e cuja propriedade está situada em Alpiarça, sendo uma das maiores e mais antigas da região dos Vinhos do Tejo – elegeu 2023 como um ano de mudança, materializada no rebranding do logótipo e dos rótulos do seu portefólio de vinhos, que vão chegar ao mercado até ao final do ano, à medida que são lançadas novas colheitas. A isto soma-se a aposta na casta bandeira da região, com a estreia do Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires e de uma outra referência, a revelar em breve. Liderada por Pedro Pinhão, administrador e diretor de enologia – em parceria com o enólogo Luís Paulino –, esta dinâmica surge no âmbito do movimento de promoção desta casta, promovido pela Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo, a nível nacional e internacional.
A nova imagem foi desenvolvida pela agência portuguesa de design e publicidade OM Design, em estreita colaboração com as equipas de enologia, comercial e enoturismo da Quinta da Lagoalva. Criativos e designers visitaram a Quinta e imergiram no universo da Lagoalva, a fim de captarem a sua essência e alguns dos elementos mais marcantes, que vieram a integrar os novos rótulos, em imagem e em textos – escritos com o apoio da família e de alguns dos trabalhadores mais antigos. Uma forma de homenagear o legado desta icónica propriedade, com 830 anos de história e 660 hectares contíguos, dos quais 42 são de vinha e 16 de olival. O logótipo, elemento marcante nos atuais rótulos, manteve o ferro da coudelaria Quinta da Lagoalva – alusivo à Marquesa de Tancos, tia-avó dos proprietários – como símbolo. Assumindo o legado histórico, passou a integrar a menção “Circa 1193”, data do primeiro registo da Quinta da Lagoalva. Ao nível das cores, optou-se pelo azul e dourado e, na grafia, por um tipo de letra não serifada, num binómio entre a contemporaneidade e o classicismo, caminho eleito para esta nova imagem. Ícones desta casa agrícola ribatejana, a fachada do palácio e a torre do relógio vão estar presentes em todos os rótulos das gamas Lagoalva, Quinta da Lagoalva e Dona Isabel Juliana.
Para materializar esta nova identidade, que chegará paulatinamente ao mercado ao longo deste ano, a Quinta da Lagoalva tem já no mercado as novas colheitas do Lagoalva branco, rosé e tinto; Lagoalva Sauvignon Blanc; Lagoalva Reserva branco e tinto, mas também a sua estreia absoluta: o Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires branco 2021.
Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires branco 2021
PVPR: €29,90 • Alc.: 13,02% • Acidez Total: 6,72g/L • Açúcar Residual: 2,7g/L • pH: 3,16
O Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires, da colheita de 2021, é um branco musculado, com a casta Fernão Pires a revelar o seu lado mais floral e herbáceo – mais do que o habitual frutado associado a esta variedade –, frescura e estrutura, esta última impressa pelo estágio em barricas de carvalho francês.
Na Quinta da Lagoalva, as castas brancas estão plantadas em solos férteis de aluvião, capazes de reter a água e imprimir frescura e acidez às uvas e, por conseguinte, aos vinhos. Isto associado às grandes amplitudes térmicas que se fazem sentir na região dos Vinhos do Tejo, com dias quentes, noites frias e manhãs húmidas. As uvas deste Fernão Pires provêm de uma vinha velha, com quase 70 anos, sendo vindimadas à mão. Segue-se a prensagem dos cachos inteiros, feita em prensa pneumática. Após 24 horas de decantação, o mosto fermenta a 20.ºC em barricas usadas – de 2.º, 3.º e 4.º anos – de carvalho francês com capacidade 500 litros, com o objetivo de conferir complexidade, mas sem “mascarar” a fruta. Terminada a fermentação, estagia durante 12 meses nas mesmas barricas, com bâttonage semanal durante 2 meses.
Com uma cor amarelo-pálido, este Fernão Pires releva um aroma complexo, com presença de fruta branca, mas assumidamente notas florais e algum herbáceo e boa mineralidade, associado à elegância da baunilha proveniente da madeira. Na boca é gordo, fresco e equilibrado. Deve ser servido a 12.ºC com carnes grelhadas, peixes, marisco ou queijos de pasta mole.