Já começaram a chegar ao mercado as mais recentes novidades da duriense Lavradores de Feitoria sob a marca ‘Três Bagos’. Ambos brancos e da colheita de 2021, falamos do Reserva e do Sauvignon Blanc. Se o primeiro é um típico branco de blend, feito com castas autóctones do Douro, o segundo é um vinho 100% varietal da casta que lhe dá nome, mas com a impressão digital do terroir da região bem presente. São ambos vinhos frutados e frescos, ideais para esta época, mas com estrutura e complexidade, a pedir companhia à mesa.
O‘Três Bagos Reserva branco 2021’ (€8,49) é fiel à génese da marca ‘Três Bagos’, resultando da tão tradicional duriense arte de lotear, neste caso, três castas: o Viosinho, o Gouveio e o Rabigato. A somar a isto o facto de juntar uvas com origem em quintas – de accionistas da Lavradores de Feitoria – situadas ao longo das três sub-regiões Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior. Um casamento de dois trios, onde a idade conta, tendo as vinhas mais de 30 anos de idade. Com estágio “dividido” entre inox e barricas, é um branco que pode ser bebido a solo, idealmente na companhia de uma boa conversa e como aperitivo de uma refeição, mas é à mesa que se revela na sua plenitude, ao acompanhar saladas mais elaboradas; um de novo em voga cocktail de camarão; peixes gordos; bacalhau; polvo e carnes brancas. Uma harmonização “todo-o-terreno”, em que pratos veganos e vegetarianos são bem-vindos. Um branco brilhante, de cor palha citrino. No nariz, revela poder aromático, intensidade e elegância. Mineral, repleto de fruta fresca, como pêra e ananás, evidencia ainda citrinos e alguma baunilha, o que lhe confere complexidade. Na boca, a entrada é fresca, plena de fruta e com uma excelente acidez. Promete longevidade.
Como o nome indica, o ‘Três Bagos Sauvignon Blanc’, agora na colheita de 2021 (€10,99), é um monovarietal, que por si sai fora do conceito ‘Três Bagos’, mas que vestiu a sua camisola, ao nascer fruto de uma experiência que viria a resultou caso de sucesso, e que nunca a despiu! Este branco exprime-se pelos aromas frescos intrínsecos à casta, que ao serem conjugados com o estágio em barricas de carvalho francês ganham estrutura, o que dita uma boa capacidade de guarda. Feito a partir de vinhas com idades entre os 25 e os 30 anos, apresenta uma cor viva a citrino limão. Com um nariz exuberante, é bastante aromático e fresco. Manifesta notas de fruta tropical, como o ananás, a contrastar com fruta de polpa branca, como o melão, complementadas com ligeiras nuances vegetais a lembrar espargos. Na boca, revela-se muito frutado e equilibrado. Apresenta uma boa acidez, suportada por sabores a fruta madura, com algumas notas tropicais, que o caracterizam e lhe conferem equilíbrio. O seu final de boca é longo e persistente. Este é o vinho ideal para beber como aperitivo, a solo, ou à mesa, com saladas, pratos de peixe, mariscos e sushi. Apto para veganos e vegetarianos, é a companhia perfeita para os almoços de Verão entre família e amigos.