Mais de 2.000 profissionais e milhares de visitantes comprovam a mobilização e potencial de negócio de uma semana dedicada ao vinho e ao enoturismo
A semana de 16 a 23 de fevereiro de 2025 voltará a fazer de Portugal o ponto de encontro dos profissionais dos setores do turismo e do vinho, com a realização da terceira Wine & Travel Week, um evento exclusivo à fileira de profissionais do enoturismo de todo o mundo, e a 21ª edição do Essência do Vinho – Porto, a principal experiência do vinho em Portugal, que integra um circuito com etapas também em Lisboa e Funchal (no segundo semestre de cada ano).
“O desafio para 2025 volta a ser enorme. Além de estarmos a falar da realização de um conjunto complementar de ações ao longo de uma semana, num registo non-stop, temos de trabalhar para superar os excelentes resultados destas edições com o duplo objetivo de reforçarmos a abrangência e o papel de Portugal em setores económicos primordiais para a nossa economia e de criação de condições ótimas para a realização de negócios por parte dos expositores, que cada vez mais nos procuram, reconhecendo a excelência dos dois eventos”, refere Nuno Pires, fundador da Essência Company.
Os números da edição 2024, e os resultados dos estudos pelo ISAG – European Business School (ISAG-EBS) e pelo Centro de Investigação em Ciências Empresariais e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC), falam por si.
No âmbito da Wine & Travel Week, para além de visitas técnicas às sete regiões de turismo num registo de cross-selling de vinho, gastronomia e turismo que evidenciou mais de 70 projetos, realizaram-se cerca de 3.000 reuniões B2B protagonizadas por 200 profissionais. No âmbito do Essência do Vinho – Porto, ao longo de quatro dias registou-se a visita de 2.200 profissionais do on e off trade do setor do vinho, para além de uma delegação convidada com cerca de 50 profissionais, onde pontuaram Masters of Wine, sommeliers, representantes do canal Horeca, importadores, proprietários de garrafeiras, jornalistas e críticos, chefes de cozinha, entre outros. África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Holanda, Índia, Itália, Israel, Japão, México, Nigéria, Noruega, Polónia, Portugal, Suécia, Suíça, Ucrânia, Reino Unido, Zimbabué foram as nacionalidades de origem. Nos dois eventos registou-se a participação de 500 expositores.
“Os resultados são excelentes. Não só superamos os números da edição anterior em termos de profissionais como vincamos, cada vez mais, a dimensão internacional dos eventos, expressa nas 26 nacionalidades presentes, na parceria com a Great Wine Capitals Global Network e na participação de Castilla y León e Minas Gerais como regiões convidadas. Ao que se junta a criação do Revista de Vinhos Room Experience no âmbito do Essência do Vinho – Porto, um espaço exclusivo dedicado a 21 grandes famílias do mundo do vinho, dando resposta à procura que sentimos por parte de expositores e visitantes”, acrescenta Nuno Pires.
Os programas definidos para cada um dos eventos traduzem-se na realização de um total de 44 ações no Porto, entre provas comentadas (25), palestras e apresentações temáticas (3), espetáculos (2), momentos de reuniões B2B (3), experiências de vinho e gastronomia (9), entregas de prémios (2). Paralelamente, a promoção do roteiro “O Gosto do Porto” divulgou 90 espaços de gastronomia e vinho da cidade.
No que respeita à 20ª edição do Essência do Vinho – Porto, os dados recolhidos mostram que 79% dos visitantes pretendem regressar e 88,6% recomendam a participação, sendo movidos por quatro razões de visita, ordenadas por grandeza: curiosidade, degustação, motivos profissionais e experiência única.
Analisando o perfil dos visitantes, 44,9% assumiram ser “muito interessados”, com 55,3% a indicarem que participam “muito frequentemente ou frequentemente” em provas de vinho, 54,9% visitam caves e/ou adegas e 51,3% consultam portais especializados. No que se refere à regularidade de consumo, a maioria refere pelo menos duas ou três vezes por semana ou todos os dias vinho tinto (53,2%), vinho branco (43,2%), vinhos espumantes (28%), vinhos fortificados (27,2%) e vinho rosé (23,5%).
De acordo com os dados apurados, os inquiridos consomem, em casa, uma média mensal de 8,8 garrafas e gastam, em média, 85,80€/mês em vinho. A aquisição é realizada, sobretudo, em hiper/supermercado (32,0%) e em lojas especializadas (31,5%) e a maioria prefere adquirir o produto em loja física (83,8%). No momento de compra são considerados fatores como a relação qualidade/preço (3,9), a recomendação (3,9), a região (3,8), a origem/país (3,7) e o preço (3,6), numa escala de importância de 1 a 5 valores.
Do universo de inquiridos, 65,9% deslocaram-se propositadamente ao Porto para participar no evento, entre não residentes no Porto e turistas, destacando-se como países de origem Alemanha, Brasil, Espanha, EUA, França e Reino Unido. Aqueles que pernoitaram passaram, em média, 5,8 noites na cidade. A maioria ficou alojada em hotéis (54,8%), principalmente de 4 estrelas (51,5%), com uma despesa média diária na cidade de 454,27€, sendo que os maiores gastos se verificaram no alojamento (162,98€ diários), nas refeições (86,95€ diários), compras/presentes (75,44€ diários) e em cultura/lazer (58,13€ diários). Durante a estada, 42,6% aproveitaram para fazer uma visita geral ao Porto, 26,3% visitaram também as Caves de Vinho do Porto, 15% visitaram museus, 15% desfrutaram da animação noturna e 14,8% visitaram património/monumentos.
Quanto ao perfil sociodemográfico da amostra deste estudo, 56,1% eram do género masculino, a média de idade situou-se nos 38 anos, a maioria encontrava-se casada ou a viver em união de facto (48,1%), predominou um público com um nível de escolaridade elevado, pelo menos com o grau de licenciado (79,8%), mais de metade trabalhava por conta de outrem (58,8%).
“Os dados do estudo efetuado revelam não só a participação de um público interessado e curioso, como também a presença de um consumidor de vinho conhecedor que procura o Essência do Vinho para acompanhar tendências e aceder a experiências. Outro dado a destacar é o impacto e o retorno que o evento traz à cidade, expresso nos gastos efetuados pelos não residentes e turistas em alojamento, refeições e atividades. Paralelamente, o facto de trazermos aos dois eventos um conjunto de meios internacionais como a Condé Nast ou a Monocle, críticos de renome internacional como Sarah Ahmed ou Jamie Goode, os Master of Wine Mike Best e Paul Liversedge, produtores e enólogos como Ernst Loosen, Raül Bobet ou Daniel Llose permitem alargar o alcance internacional do evento e reforçar a visibilidade e projeção internacional do evento”, destaca Nuno Pires, para quem este Estudo assume uma importância capital pelos dados que recolhe e que são partilhados com todos os expositores.