Hoje, 22 de outubro, é o Dia do Enólogo! E para nós, do Viva o Vinho, a maior homenagem que podemos prestar a esses profissionais é contar suas histórias. Mostrar quem são as pessoas por trás dos vinhos que tanto amamos.
O enólogo é um perito em fazer vinhos e espumantes, sendo, normalmente, a pessoa responsável por todas as etapas do processo em uma vinícola. Entre suas atribuições rotineiras estão o planejamento, supervisão e coordenação da produção dos vinhos.
A profissão é completa e abrangente, pois muitas vezes eles costumam ser responsáveis por coordenar todo o processo de vinificação, que envolve o cultivo das uvas, engarrafamento e até a comercialização do produto.
Por ser uma bebida muito antiga (há relatos de produção e consumo de vinhos antes do surgimento da escrita!), é difícil afirmar quando surgiram os primeiros enólogos. Entretanto, há registros históricos de pessoas que definitivamente ajudaram a alavancar e a consolidar essa profissão.
O francês Jean Antoine Chaptal criou o processo de chaptalização: adição de açúcar ao mosto do vinho com o objetivo de aumentar o seu teor alcoólico. Mais tarde, o famoso cientista francês Louis Pasteur descobriu e aprimorou os processos bioquímicos relacionados à fermentação. Assim como eles, muitos outros personagens ao longo da história contribuíram direta ou indiretamente para os fundamentos da viticultura moderna.
A regulamentação da Enologia: um pouco de história
Apesar de ter havido pessoas que dominavam a arte de produzir vinhos durante séculos, somente em 1876 foi criada a primeira escola dedicada à enologia. Localizada em Conegliano, na Itália, a escola deu origem a diversas sociedades e associações de enólogos pelo país europeu. Em Portugal, o Curso de Licenciatura em Enologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro é considerado um dos mais renomados do país.
O ano de 1912 marca o nascimento do pai da enologia moderna, o francês Émile Peynaud. Com sua vastíssima obra sobre o tema, ele foi capaz de revolucionar o modo de produção de vinhos no mundo inteiro.
Já em 1955, a profissão foi definitivamente regulamentada na França, data em que passou a ser obrigatória a obtenção de um Diploma Nacional de Enólogo para o exercício da profissão. No Brasil, a profissão de enólogo só foi devidamente regulamentada em 2007.
Como bem coloca João Portugal Ramos em seu artigo na revista Exame, o enólogo é antes de tudo um artista: “O estudar a natureza, gostar do campo, respeitar os seres vivos vegetais… e a vontade de produzir diferente, com o que cada um entende ser a melhor forma de otimizar o trabalho da natureza, oferecem ao enólogo a sua necessidade de ser artista, de incluir o seu cunho no vinho, de acordo com a forma como interpreta a criação e a possibilidade de contribuir para o bem do enófilo.”
Para conhecer um pouco mais do artista que há em cada enólogo, acompanhe a partir da próxima quinta-feira nossa nova seção semanal: Conversa com o Enólogo, uma série de entrevistas com grandes enólogos portugueses. Veja só quem serão os primeiros a participar:
Se você é enólogo e quer participar da nossa seção, entre em contato conosco.Vai ser um prazer ter você aqui com a gente!