Lugana D.O.P. Fábio Contato 2012

Gostamos de novidades, conhecer novos produtores e seus vinhos. Melhor ainda quando descobrimos uma nova região em um país com tanta tradição em vinhos quanto a Itália.

Em nosso trabalho para construir o VivaoVinho.Shop, recebemos alguns rótulos de uma ilustre desconhecida, a Cà Maiol, uma vinícola localizada na Lombardia, região norte da Itália, vizinha do Vêneto, na D.O.P. do Lago de Garda.

Escolhemos dois deles para um almoço especial, um Lugana Maiolo D.O.P. 2015 e o Lugana D.O.P. Fábio Contato 2012, e fomos ao Rufino’s do Itaim, um excelente restaurante de frutos do mar, onde fomos recebidos pelo sommelier Carlos, com quem eu tinha conversado a respeito da nossa necessidade de produzir belas fotos. Claro que ele experimentou os vinhos e conversar com ele só tornou o almoço e a experiência mais interessantes.

Sobre o Lugana Maiolo eu escrevi um quick review emoldurado por uma bela foto da garrafa à frente de uma bandeja das ostras que pedimos para acompanhá-lo. Realmente a leveza, refrescância e sabor do vinho, aliados aos aromas florais, harmonizaram de maneira muito especial com elas.

Mas, como se costuma dizer, algo diferente estava por vir ainda.

O vinho e o prato principal

Depois de uma entrada com um ótimo vinho, ficamos ansiosos para conhecer o próximo, o Lugana D.O.P. Fábio Contato 2012 e o motivo era muito simples. Apesar de ser produzido pela mesma vinícola a partir da mesma casta, Trebbiano di Lugana, este tem uma passagem de seis meses por barrica de carvalho e um descanso mínimo de três meses na cave antes de ir para o mercado. Além disso, estamos falando de um vinho branco 2012.

Com tudo isso na ficha, na taça ele ainda mantinha um tom palha claro, naturalmente mais denso e com um toque mais dourado que o anterior. As lágrimas lentas enfeitavam a taça, tanto que fiz questão de publicar uma foto onde se pudesse vê-las. Os aromas são de um vinho maduro, mas com grande potencial de guarda. Ele tem uma presença marcante de amêndoas, um fundo floral, um toque de madeira, muita complexidade. Creio que em uma roda de amigos ouviríamos as mais diversas opiniões a respeito.

Na boca, persistência, corpo presente e untuosidade marcante. É um vinho claramente gastronômico, como toda tradição italiana, um branco com uma pegada de tinto, um vinho que você quer e deve beber devagar, curtindo.

Para acompanhar um vinho como este, escolhemos um prato de frutos do mar grelhados, condimentado, muito saboroso e que harmonizou perfeitamente.

Dois vinhos, duas experiências e um grande momento. Foi como começar o almoço na praia, na beira do mar, com um vinho mais leve, jovem, gelado e ostras, e terminar em um ambiente mais sofisticado, com um vinho apropriado e um prato elaborado.

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