A 14 de Fevereiro assinala-se o Dia dos Namorados ou de São Valentim, efeméride que este ano coincide com o segundo Domingo do mês de Fevereiro, data em que se celebra o Dia Mundial do Casamento. E é precisamente sobre isso que versa o novo vinho da Parceiros Na Criação (PNC), o ‘DOTE’. À semelhança do que acontece com o casal Joana Pratas e João Nápoles de Carvalho, “parceiros na criação” na vida e no vinho, este é um néctar que resulta da união de duas regiões vinhateiras, ao casar Vinhas Velhas do Douro (DO) e Fernão Pires do Tejo (TE).

Um casamento que dá origem ao nome ‘DOTE’, que, por coincidência, remete também para a génese desta história vinhateira. Situada em Barcos, no concelho de Tabuaço e região Douro, a Quinta de Monte Travesso foi oferecida à avó paterna do João, como dote de casamento. É ali que a dupla João e Joana vivem e dão vida à PNC, um projecto familiar, que conta com a participação activa dos seus filhos, a Maria Teresa e o António Maria.

Em 2018, a família PNC idealizou um vinho especial que reflectisse, na garrafa, o (seu) casamento entre o Douro do João e o Tejo da Joana,resultando num branco singular: em Portugal é o primeiro e único a juntar vinhos de duas regiões “numa só garrafa”. O ‘Parceiros Na Criação DOTE branco’ é feito com uvas de Vinhas Velhas de uma parcela da ‘Vinha da Casa’, plantada em 1977 na Quinta de Monte Travesso de Cima, e Fernão Pires de uma vinha de um primo de Joana, no Cartaxo. Fermentado e estagiado em barricas de carvalho húngaro, de 500 litros, este branco apresenta uma inusitada e bonita cor amarelo palha, a lembrar vinhos mais velhos, mas, na realidade, a indicar que dará cartas daqui a mais alguns anos: pronto a beber, mas com guarda prometida. Um branco fresco e bastante aromático, mas intenso, com boa acidez e mineralidade. No nariz, revela flor de amendoeira, camomila, calcite e fósforo. O próprio vinho reflecte o casamento entre vinhas de diferentes altitudes e castas, com a Fernão Pires a puxar pela madeira, que, embora persistente, está bem integrada. Sobressai a mineralidade, com muita cremosidade e untuosidade. Encorpado, enche a boca e tem um final persistente. Bebe-se muito bem por si só, mas à mesa é bom companheiro de peixes gordos (grelhados ou assados), bacalhau, comida asiática, caça e queijos intensos.

Pela sua singularidade, estre branco inaugura a marca de vinhos com o nome da empresa: ‘Parceiros Na Criação’. De referir que a PNC tem outras referências – de vinhos e azeite – sob as marcas ‘Casa da Esteira’ (nome como é conhecida a casa onde vivem, situada no seio da Quinta de Monte Travesso), ‘Esteira’ e ‘h’OUR’ (colheitas mais antigas).

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